A geração que nasceu aprendendo a desbloquear um smartphone invadiu as salas de aula. Os tempos mudaram, a maneira de aprender e ensinar também. A educação está se transformando em um processo mais digital, dinâmico e colaborativo. A sala de aula, a interação entre alunos e professores, o modo de estudar e pesquisar são diferentes de como era na época de escola dos pais e professores e isso levanta uma questão: como lidar com o ensino dos filhos que nasceram conectados?
É preciso se adequar à nova realidade e corresponder às demandas e necessidades dos nativos digitais. A facilidade dessas crianças e adolescentes em lidar com tecnologia e o fato deles estarem sempre conectados à internet, está diretamente relacionada à forma como eles aprendem. A dinâmica antiga de só ouvir e anotar o que o professor fala não funciona mais. A quantidade de recursos e informações que os jovens possuem em mãos provocou essa mudança. E isso não pode ser ignorado ou julgado como algo ruim. Devemos prezar pelo desenvolvimento acadêmico, profissional e social do aluno.
Ao invés de proibir ou limitar o acesso à internet e aparelhos tecnológicos na hora de estudar, deve-se assegurar o uso apropriado desses meios para que contribuam ao aprendizado. Incentive seus filhos a selecionarem adequadamente informações concretas no meio de tanto conteúdo disponível, também a utilizarem os recursos tecnológicos para se enriquecer culturalmente e desenvolverem seu potencial, competências e habilidades.
Um dos pontos chaves para garantir o sucesso dos filhos é entender que momentos de estudos mais dinâmicos e diversificados não estão errados. É preciso que a criança coloque a “mão na massa”, sem ficar só com a teoria. Afinal, a prática é tão importante como a teoria no processo de aprendizagem. Por mais complicado que esse novo jeito de aprender pareça, com o passar do tempo e à medida que os resultados surgem, é possível perceber o quão envolvente é esse processo para os estudantes.
Lembrando que a tecnologia não anula ou diminui o esforço da criança e do adolescente. Por mais que as informações sejam mais acessíveis, ainda é necessário se interessar, pesquisar, selecionar, reler, anotar, fazer atividades, etc. Só não limite seu filho em ler livros e fazer resumos por horas seguidas. Dessa forma, ele mesmo percebe seu protagonismo na aprendizagem e se torna o principal gestor interessado nesse processo.
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